Convidamo-lo a uma visita ao bairro mais cervejeiro do país e a conhecer quem está na origem desta bebida
Se já visitou o Beato, ou Marvila ao fim da tarde, já viu as pessoas que se juntam à volta das cervejeiras locais.
É aqui que se faz a maioria da cerveja artesanal portuguesa. É daqui que sai e que é enviada para todo o país, e por vezes, para alguns cantos do mundo.
Visitamos 4 produtores, ouvimos o que nos tinham para dizer e desmistificamos alguns temas sobre esta tendência que veio para ficar.
Como qualquer receita, começa com a escolha dos melhores ingredientes:
Cada um destes ingredientes pode variar na origem, espécie, tipo ou mesmo na torra, no caso do cereal. Cada uma destas variações resulta numa cerveja com perfil diferente. Logo, existem milhões de combinações diferentes
Tritura-se o malte e mistura-se com a água. A água deve estar quente para extrair o sabor e as propriedades do cereal. Após esta mistura, filtra-se o líquido, que passa a chamar-se Mosto. O sólido que sobra pode ser usado para alimentar animais ou para nutrir solos.
No segundo passo entra o lúpulo, que vai trazer o amargor e a estrutura ao Mosto. Durante este passo, o líquido está sempre em movimento e com altas temperaturas. De seguida, o Mosto passa por um processo de refrigeração e vai para o fermentador.
Durante a fermentação, os açucares do cereal transformam-se em álcool e em CO2 (o gás da cerveja).
Para terminar, arrefece-se o líquido, para parar a fermentação e para que todos os sedimentos sólidos se separem da cerveja.
No final é só decidir se a cerveja vai para a garrafa ou para o barril!
"A vida é demasiado curta para nos cingirmos a um só produto"
Conheça cada produtor, a sua origem e o que motiva alguém a dedicar a vida à cerveja
A pilsner da Dois Corvos
Cerveja Lince
A cerveja é para ser apreciada com todos os sentidos.
Comece por servir a sua cerveja num copo e de seguida, levante o copo à altura dos olhos e estique o braço. Contemple, repare na cor e deixe a mente divagar...
Depois vem o olfato. Aproxime o nariz do topo do copo, feche os olhos e inspire... reconhece algum cheiro? Deixe a memória trabalhar.
Agora a melhor parte, aproxime o copo dos lábios e sinta a temperatura. Deixe a cerveja entrar...
Refresque-se e ao mesmo tempo sinta a cerveja a espalhar-se pelas suas papilas gustativas.